Apesar do contexto da pandemia, não podemos deixar de celebrar a força e a esperança do Natal. Propomos uma pequena oração para a noite de consoada que deverá ser feita no início da Ceia de Natal. Esta proposta poderá ser enriquecida e adaptada - segundo o contexto e a ‘inspiração’ de cada família (uma leitura bíblica, uma vela acesa no centro da mesa, um cântico... envolvendo dos mais novos).
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Leitor 1 - Continuamos a viver uma pandemia que condiciona muito o nosso Natal em Família. No nosso dicionário existencial continuam presentes as máscaras, o gel desinfetante, as videochamadas, o afastamento social e físico... Nesta noite muitas pessoas vão estar sós e muitas famílias mais tristes devido à morte de entes queridos, à doença, às separações... ao isolamento.
Leitor 2 - É neste contexto e nestas noites frias que Jesus quer nascer, é nestas realidades que celebramos a grande esperança do Natal. O tempo de advento e de espera dá agora lugar à Vida no meio de nós. Deus faz-se humanidade, o Céu desce à terra e o Mistério faz-se Presença. Um Deus tão humano, tão pequeno, tão frágil, tão pobre, tão próximo… só pode ser divino.
Leitor 3 - Nesta noite, resplandece «uma grande luz» (Is 9,1). Uma Luz que pode iluminar a nossa vida e reacender a esperança nas nossas famílias. Hoje há uma Luz que irrompe no meio das trevas: “A Luz brilhou nas trevas. (...) O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o Homem ilumina” (Jo 1, 5.9).
Leitor 4 - “O presépio somos nós. É dentro de nós que Jesus nasce” (Tolentino Mendonça). É dentro de nós que Ele quer ter lugar... no meio das nossas alegrias e preocupações, das nossas esperanças e tristezas. É dentro de nós que o Natal ganha sentido novo. É dentro de nós que sentimos o quanto Deus nos ama.
Leitor 5 – O Papa Francisco, recorda-nos que “o amor coloca-nos em tensão para a comunhão universal” (Fratelli Tutti, 95). Por isso, nesta noite, pedimos a graça de aprender a lógica ‘de nos tornarmos próximos’ para construirmos uma sociedade mais fraterna, onde o perdão e a generosidade se conjuguem com gestos e palavras do quotidiano.
Leitor 6 – Reunidos à volta desta mesa, reconhecemos que esta refeição é uma enorme bênção: porque a temos e porque a podemos partilhar com quem gostamos. Que a Bênção do Senhor desça sobre cada um de nós e cada uma das nossas famílias.
Em seguida pode haver um momento de silêncio de agradecimento e de reconhecimento dos dons recebidos e terminam todos juntos:
Pai-Nosso; Avé-Maria; Glória ao Pai.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo

