As fachadas do Seminário Maior de Coimbra estão, hoje, tomadas por andaimes. Por detrás das estruturas de ferro, que se erguem do chão até o ponto mais alto do telhado, vislumbram-se as paredes cruas, sem tinta ou massa de reboco.
A Igreja, assim, parece que nos diz: “Vês? Também eu não estou terminada. Também eu preciso de uma pausa para olhar para dentro e buscar, uma vez mais, renovação. Ou: sentir o vigor do novo, de novo. Também eu necessito descer o balde fundo no meu poço interno para trazer à superfície águas primordiais – que tanto saciam quanto geram mais sede.” Sede de Inteireza, de Verdade – e, deste lugar, a Igreja nos convida a também, do mesmo modo, cuidarmos daquilo que nos estrutura e rejuvenesce. [...]